Colesterol e Triglicérides altos em crianças
- Allyne Andrade, jornalista e mãe full time
- 30 de mar. de 2017
- 2 min de leitura

Esta semana estive fazendo o Checkup cardiológico, do meu filho Gabriel, de 7 anos, a Dra. pediu exames de sangue para avaliar colesterol, triglicérides, hemograma, vitaminas, dentre outros. Infelizmente ou felizmente se levarmos pro lado positivo, foi um alerta, o resultado do exame não veio tão bonito como eu gostaria. O triglicerídeos veio limítrofe, pela minha surpresa, pois quando se pensa em triglicerídeos nos remetemos a gordura. Eu particularmente em casa uso quase nada de gordura e quando uso são os vegetais, de girassol e azeite extra virgem.

A indicação da médica para o tratamento dele foi evitar apenas os excessos de doces, bolos, que é o que predomina aqui em casa e continuar atividade física.
O que mais me chamou a atenção para fazer esta matéria foi a quantidade de crianças que encontrei na pediatria com colesterol aumentado. E outra coisa, as crianças que lá estavam, e nenhuma eram obesas ou estavam acima do peso. O mais assustador Também, são as idades das crianças, que apresentam a doença estão entre 2 e 9 anos.
Segundo uma pesquisa realizada pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) cerca de 44% das crianças pesquisadas apresentam índices de colesterol elevados, 36% do LDL( colesterol ruim) e 56% dos triglicérides. Os altos índices de triglicérides são os que mais traz risco de desenvolver doenças no coração.
Edilânia, Técnica de enfermagem, 30 anos, mãe do Gustavo 5 anos, disse que o filho já está com colesterol elevado faz alguns meses, e mesmo modificando os hábitos alimentares dele não conseguiu baixar a taxa.

"A Dra. dele disse assim; que além da mudança da alimentação ele tinha que fazer atividade física, mas como eu trabalho do dia todo, não tenho tempo para sair com ele e levar para praticar algum esporte. Mas a médica falou que eu chegasse do trabalho largasse tudo que tinha pra fazerem casa, calçasse um tênis em mim e no meu filho e fossemos caminhar pelo menos 30' por dia. Vou ter que fazer isso, pois não sei mais o que fazer e a saúde do meu filho está em primeiro lugar né?" Disse preocupada.

De acordo com a pesquisa, os fatores de risco são o sedentarismo, má alimentação, obesidade e diabetes, além da hereditariedade. A maior forma de prevenir a doença é mudar o estilo de vida da família. Fazer uma dieta balanceada e incluir a prática de exercícios físicos no dia a dia da criança. É necessário incluir na alimentação frutas, legumes, verduras, peixes marinhos e azeite de oliva, preferir alimentos integrais e leite desnatado. É importante evitar frituras, doces, e gorduras.

As mudanças precisam acontecer de forma gradativa, não de forma drástica, pois a criança pode reagir de forma resistente a nova dieta. A mudança começa de forma quantitativa com alimentos que reduzem os níveis de triglicerídeos e colesterol, para os qualitativos que são as opções de alimentos saudáveis; afirma a pesquisadora Eliana Faria, responsável pelo Departamento de Patologia Clínica da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp/SP.
Portanto, para aqueles que não se atentaram para o perigo de certos alimentos e qualidade de vida de nossas crianças, é hora de começar a mudar. Afinal prevenir é melhor do que remediar.
Eu já recebi meu ALERTA!!!
Fonte: Folha de São Paulo
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