top of page

Dúvidas, indecisão sobre Trabalho e Maternidade: Você teve ou têm?

  • Allyne Andrade, jornalista e mãe full time
  • 21 de fev. de 2017
  • 6 min de leitura



Minha carreira profissional, meus filhos... Deixo meu trabalho ou assumo a maternidade por um tempo, eis a questão? Eita sofrimento que nós mulheres passamos nesta fase da vida. Oh dúvida cruel!


Durante séculos a mulher vêm lutando pelo seu espaço na sociedade e no mercado de trabalho. Hoje ela é figura marcante em todo contexto social e econômico.

Diferente do tempo das nossas mães, que foram criadas para se dedicar em tempo integral, à casa , aos filhos e ao marido, nós crescemos orientadas a estudar para termos um futuro brilhante, sermos independentes e não depender do cônjuge, e muito menos ficar esquentando barriga no fogão. Estou certa ou estou errada? ​

​De certa forma, nossas genitoras não estavam erradas em nos orientar a estudar para crescermos profissionalmente. Não é porque somos mulheres que em algum momento da vida iremos assumir apenas a maternidade. Nem sempre, as vezes, podemos sim unir os dois objetivos, o de ser mãe e profissional, porém é questão de prioridades, planejamento. Se decidir que é hora de ser mãe e dar uma pausa na carreira, porque não, uma vez decidido é preciso mergulhar de cabeça, consciente da decisão. Uma coisa é certa, você estará fazendo o maior bem para seu filho(a), jamais se arrependa disso. Lembre-se que ele(a) precisa de uma mãe com uma mente saudável para criá-lo com muito amor e dedicação.


Se optar em voltar ao mercado por necessidades financeiras, ou mesmo por ego, sem problemas. Como disse acima, tudo é questão de prioridades. A decisão é sua, e deve ser tomada sem culpa. A culpa não resolve nada. Tenho certeza de que você vai buscar a melhor forma de suprir o tempo em que esteve ausente na vida de seu herdeiro(a). É bom frisar aqui que tempo nesta situação não é quantidade e sim qualidade.


Eu por exemplo, decidi dar uma pausa em meus projetos profissionais, para me dedicar a maternidade, sou jornalista, e estou fora do mercado há 10 anos. Tomei a decisão em assumir o cargo de mãe integral por 4 motivos: primeiro; que financeiramente não valia a pena, seria só pelo ego mesmo. Segundo; manter a minha filha numa escola integral não era viável, ainda mais que ela odiava. Terceiro; eu não podia contar com ninguém para me ajudar na criação dos meus filhos. E quarto; meu marido é uma pessoa que trabalha viajando, vive mais fora do que em casa. Percebam que são muitos o motivos, não é?


Tomada a decisão posso afirmar que tive momentos de muita angustia, passei por todos os conflitos existenciais, foi preciso buscar ajuda terapêutica para entender o meu valioso papel na família e o bem que eu estava fazendo para minha filha, para a construção dela como cidadã. Confesso que sozinha não conseguiria. Hoje não me arrependo nem um pouco em ter feito essa escolha. Atualmente, estou com metas para voltar a estudar, fazer uma pós graduação na minha área para me reciclar e desenvolver projetos futuros.


Nessa jornada, descobri que tudo tem seu tempo, disso eu tenho certeza. Uma vez resolvido esse dilema tudo irá fluir muito bem. Como diz a psicóloga Betty Monteiro, e autora dos livros “A Culpa É da Mãe” e “Cadê o Pai Dessa Criança” uma coisa é clara nessa história: os filhos querem mais ver os pais felizes.


Tenho várias amigas que optaram em deixar sua carreira de lado por algum tempo e cuidar de seus filhos, umas nem pestanejaram, super resolvidas. Outras sofreram no começo assim como eu, e outras ainda se questionam, principalmente quando aparecem pessoas, e por incrível que pareça do sexo feminino, as quais fazem aquelas perguntinhas que nos deixam indignadas.


As perguntas mais comuns são: Como assim você não trabalha? Você só toma conta do seu filho(a)? Mulher tem que trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro, a mulher de hoje não pode depender de marido, mulher dona de casa não existe mais. Em que século vocês vivem?


Para estas pessoas, somos mulheres que paramos no tempo, a sensação é a de que parecemos Ets. A verdade é que elas não sabem que ao assumirmos esse papel de mãe em tempo integral, abraçamos tudo o que há nela, a família, educação, a casa, dentre outras atividades, que são muitas. Não somos dondocas como muitas pensam de forma preconceituosa e machista. Não existe salário que pague este serviço.


Enfim, independente das escolhas de cada uma de nós, fica a certeza de que o futuro dirá o resultado de nossa decisão. Eu aposto no melhor para todos, e tenho certeza de que será compensador.


Veja abaixo depoimento de mães que optaram pela maternidade:





Acaciana, 39 anos, fisioterapeuta, mãe do Théo 7 anos. " Eu optei em deixar o mercado de trabalho quando Théo nasceu. Voltei a trabalhar quando ele fez 2 anos. Tomei essa decisão por achar importante a minha presença nesse período de tanto cuidado que a criança necessita, não tinha como contar com as pessoas em que confiava, minha família é do interior. O apoio do meu marido foi de extrema importância. O bem estar do meu filho sempre foi prioridade para mim, ele é o projeto mais importante da minha vida é a função de mãe e a que mais me realiza."





Verônica Gomes, 33 anos, assistente administrativo, mãe da Maria 16 anos e Arthur 7 anos. " Na época, além de achar que seria melhor para Arthur que eu ficasse em casa cm ele, também tivemos o problema de saúde dele ao nascer, que reforçou a decisão de ficar com ele. Arthur precisava tomar remédios controlados durante o dia, e por isso, nada melhor do que a mãe por perto. Em nenhum momento me arrependi de cuidar do meu filho. Só me arrependo de não ter voltado para o mercado de trabalho mais cedo, quando já estava tudo controlado. Comecei a trabalhar muito nova, e hoje sinto falta disso. Confesso que a vida de dona de casa não é nada legal...rsss. Hoje tenho plena convicção que consigo trabalhar fora e ser mãe. Com a minha filha mais velha voltei a trabalhar quando ela tinha feito 2 anos."


​​Diva Salles, administradora de empresa, pós graduada em Engenharia ambiental, 38 anos, mãe de Alexandre 6 anos.

"No começo não foi fácil. Sempre trabalhei, desde meus 18 anos, mas quando me deparei com a dificuldade em encontrar alguém para tomar conta do meu filho ou os altos preços de mensalidades de creche em tempo integral, resolvi parar de trabalhar por um tempo. Ainda tenho o agravante de morar longe da minha família, que nessa circunstância, o apoio é fundamental. Claro que tentei trabalhar, mas o salário oferecido não compensava.

Se me arrependo ? Não, depois de um tempo, compreendi que ver meu filho crescer e participar da vida dele em todos os momentos, não tem preço. É muito gratificante".



Kamila Marques, 33 anos, mãe da Luana, 18 anos, Guilherme 6, e Melissa 1 mês,


Administradora de empresa, graduada em Matemática, licenciatura, e técnica em edificações. Hoje trabalha em casa com papelaria personalizada com foco em festa infantil. "Esse trabalho me proporciona a conciliação com os horários das crianças.

Optei por não trabalhar fora após o nascimento do meu segundo filho. Hoje não voltaria, pois o mercado não remunera o suficiente para deixar dois filhos pequenos nas mãos de uma babá ou numa creche. Não me arrependo de ter feito essa escolha... hoje posso participar ativamente da vida escolar dos meus filhos. Além de poder conviver com outras mães e criar um grupo de mães amigas."

Alessandra Ramos, 41 anos, Pedagoga, mãe da Gabriela Ramos;


"O nascimento de uma criança geralmente é carregado de emoções e alegrias, o da minha filha foi de tristza e incertezas.

Durante 2 meses ela ficou internada numa Utin, e eu praticamente morava dentro do hospital, quando não era chamada as pressas por piora do quadro clínico da dela.

Fiz mamãe canguru, ficava 4 horas sentada ao lado da incubadora e eu hipertensa ao extremo. Aprendi muito nesta fase, inclusive que o mais importante depois do nascimento é a criança. Eu parecia um zumbi, mas seguia em frente e para os outros fiquei invisível. A minha dor e o meu sofrimento eram meus.

Depois de tudo que eu e a Gabrielle passamos, resolvi colocar tudo na balança e pensei: qual era a coisa mais importante na minha vida; o meu trabalho, minha filha ou os filhos dos outros, pois sou pedagoga.

Antes da gravidez o meu trabalho era a coisa mais importante da minha vida, era minha paixão. Depois da gravidez a coisa mais importante da minha vida tem um nome, Gabrielle. O nascimento de um filho é a coisa mais importante de uma mulher. Hoje depois dos 40 anos, posso dizer que não me arrependo de nada, pois só me arrependo do que eu não fiz. E neste caso, eu fiz tudo por um grande amor, a minha filha".

Segue um canal no youtube bem interessante sobre mães full time: hel mother

FACEBOOK: www.facebook.com/helmother TWITTER: www.twitter.com/helmother INSTAGRAM: www.instagram.com/helmother SNAPCHAT: helmother


Comments


  Quem sou?

Me chamo Allyne Andrade, tenho 40 anos, casada há 19 anos, mãe da Letícia, 18 anos e do Gabriel, 7 anos. Sou também: mulher, esposa, amiga, jornalista de formação e atualmente, por opção, profissional do lar Full time. 

Neste,

espaço Iremos trocar experiências, falar de saúde, beleza, educação, receitas, atualidades e muito mais.

Posts Destacados
Posts Recentes
Procure por Tags
Links que sigo.
    • Facebook - Black Circle
    • Instagram - Black Circle
    bottom of page